No âmbito da FACIM, realizou-se o seminário “Fazendo Negócios em Moçambique – Oportunidades para o Brasil”, evento que reuniu empresários, diplomatas e autoridades para fortalecer as relações económicas e atrair novos investimentos.

O Presidente da CTA, Álvaro Massingue, destacou que o Brasil é “um parceiro estratégico e natural, não apenas pelas afinidades culturais e linguísticas, mas também pela sua reconhecida capacidade de inovação e liderança em desenvolvimento sustentável”.

Sublinhou ainda que a cooperação deve ser orientada por parcerias sólidas e inclusivas, com enfoque em áreas estratégicas como agricultura, agro-processamento, pecuária, energias renováveis, turismo sustentável, indústria transformadora e farmacêutica.

O Governador da Província de Nampula, Salim Abdula, apresentou o potencial da região para o agro-negócio, associativismo e agricultura familiar, reforçando a disponibilidade da província para acolher investimentos brasileiros.

Já o Cônsul Honorário do Brasil em Nampula, Aiuba Cuereneia, salientou a fertilidade das terras e a atractividade agrícola da região, assegurando apoio aos investidores.

O consultor Bruno Chicalia, sócio da CTJ Consultoria, abordou o ambiente de negócios em Moçambique, destacando oportunidades e desafios para investimentos, bem como estratégias para exportação e importação.

Durante a sua intervenção, Álvaro Massingue também sublinhou a relevância da COP30, que terá lugar em Novembro no Brasil, como “uma oportunidade ímpar para consolidar alianças, partilhar experiências e atrair investimentos verdes, com o sector privado como actor central”.

A CTA reafirmou o compromisso em garantir uma participação activa do empresariado moçambicano no evento, com enfoque em energias renováveis, mercados de carbono, agricultura sustentável e economia circular.

O seminário terminou com sessões de networking e reuniões B2B de alto impacto, onde foram lançadas oportunidades concretas para parcerias. Estes encontros resultaram em contactos estratégicos entre empresários moçambicanos e brasileiros, abrindo caminho para investimentos efectivos e projectos conjuntos nos sectores identificados, consolidando o papel da cooperação Sul-Sul como motor do desenvolvimento sustentável.