Moçambique e África do Sul reafirmaram o compromisso de dinamizar o comércio bilateral, aumentar e diversificar os investimentos.
No seu discurso de encerramento do Fórum de Negócios Moçambique – Africa do Sul, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, destacou os trabalhos em curso com o Governo da África do Sul para reduzir as barreiras transfronteiriças, permitindo que os investimentos contribuam para o desenvolvimento sustentável dos povos dos dois países.
Uma das reformas é a implementação do Posto de Fronteira de Paragem Única, em Ressano Garcia, com prioridade para a integração dos sistemas em uso nas fronteiras dos dois países, o que vai melhorar a cadeia logística e imprimir celeridade no desembaraço aduaneiro de mercadorias.
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, destacou a necessidade de investimento em infraestruturas para harmonização e simplificação dos procedimentos do comércio transfronteiriço, evitando que os camiões levem muito tempo nas fronteiras.
“Temos que confrontar os desafios que constrangem a nossa cooperação. Queremos acções corajosas e estratégicas para remover todas as barreiras. Estamos dispostos a trabalhar com Moçambique nesse sentido. Se melhorarmos isto, o nosso comércio vai fluir”, frisou Cyril Ramaphosa, descrevendo Moçambique como um país de futuro, com uma localização geográfica estratégica e recursos que vão para além da industria extractiva. Para Cyril Ramaphosa, o capital humano é a maior riqueza que Moçambique possui.
Desafios e oportunidades
Durante o Fórum, foram identificadas algumas soluções práticas e mapeadas as oportunidades reais que podem transformar as economias dos dois países.
O Presidente da CTA, Álvaro Massingue, destacou alguns desafios e oportunidades, incluindo:
– Facilitação do comércio entre os dois países;
– Combate ao comércio ilícito que fragiliza empresas, reduz receitas fiscais e cria distorções no mercado;
– Melhoria da eficiência logística, a modernização dos corredores de transporte;
– E o reforço dos mecanismos de controlo e transparência para tornar as exportações mais competitivas e acelerar o fluxo de bens entre os dois países.
O Presidente da CTA destacou as cadeias de valor do gás natural, como sendo de grande importância na relação económica com África do Sul. Igualmente, destacou o agro-processamento como um dos pilares com maior impacto social e económico para Moçambique e para a região.
Por seu turno, o Presidente do Conselho Empresarial da África do Sul, Elias Monage, destacou a relevância deste Fórum que marca uma nova fase no reforço da cooperação bilateral entre os dois países através da promoção de parcerias, comércio e investimento.
África do Sul é o maior parceiro comercial de Moçambique, com um fluxo anual que supera dois mil milhões de dólares norte-americanos.
