Confederação das Associações Económicas de Moçambique

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PARALISAÇÃO DAS ACTVIDADES: CTA ESTIMA OS PREJUÍZOS EM MAIS DE 1.4 MIL MILHÓES DE METICAIS

A paralisação das actividades económica na sequência da greve registada à escala nacional, na última segunda-feira, 21 de Outubro, resultou em prejuízos estimados em mais de 1.4 mil milhões de meticais, sem incluir danos indirectos. O impacto foi mais para o sector informal, que viu a sua actividade paralisada acima de 90%. Estes dados foram revelados em Conferência de Imprensa, concedida, hoje, pela CTA para se pronunciar sobre a paralisação das actividades económicas.

No levantamento feito pela CTA, em todas as províncias do País, concluiu-se que, exceptuando a cidade e província de Maputo, o sector empresarial funcionou a meio gás. A rede de ensino privado fechou totalmente e a maioria dos restantes não abriu. Nos escritórios, o cenário foi de muitas ausências dos trabalhadores por receio de danos físicos.

No parque de Beluluane, que abriga o maior centro industrial do País, operou com menos de 50% das empresas. Portanto, as empresas, em si, não encerraram, mas reportam que os trabalhadores tiveram dificuldades de movimentação devido a limitada disponibilidade de transportes.

No sector de viagens, as agências não reportam cancelamentos, mas notaram alterações de viagens, ou antecipadas ou passadas para dias posteriores.

Especificamente na província do Niassa, o ambiente foi calmo e sereno, com registo de algumas ligeiras paralisações, sobretudo em Cuamba e Lichinga. Os sectores mais afectados foram: transporte, restauração e educação, onde as instituições abriram, mas com número reduzido de alunos.

Em relação aos danos, não houve registo de vulto, visto que em alguns locais, como na província de Nampula, algumas instituições públicas e privadas, principalmente estabelecimentos comerciais, optaram por não abrirem como medida de precaução.

No centro do país, o ambiente foi semelhante, ressaltando-se, no entanto, o facto de que as escolas estiveram abertas, ainda que com um número reduzido de alunos.

Nas províncias de Inhambane e Gaza, de forma geral a situação foi calma, as instituições abriram e fecharam normalmente. Aqui, o sector mais afectado foi o de transporte que, nas primeiras horas do dia, não tinha passageiros, situação que foi melhorando ao longo do dia.

A nível da província e cidade de Maputo, que apresentou o registo crítico, grande parte das pessoas não se apresentou nos seus postos de trabalho por falta de transporte e/ou receio de segurança.

Dada a publicidade que se tem feito dos tumultos a nível internacional, a CTA não tem dúvidas que os turistas que escolheram Moçambique como destino para quadra festiva poderão cancelar, o que colocará em causa a perspectivas de chegada dos 360 mil turistas nesta quadra festiva e possíveis perdas de receitas retidas em cerca de 50 milhões de dólares.

“Estas são razões suficientes para que, como sector privado, possamos pedir o fim de tumultos e pedir paz para que as empresas continuem a laborar, providenciado emprego e sustento para as famílias moçambicanas”, apelou o Presidente da CTA, Agostinho Vuma.

Esta paralisação acontece numa altura em que a Agência de Rating, a Standard & Poors, baixou o rating de endividamento de Moçambique, o que poderá contribuir no aumento dos custos de financiamento, tanto no mercado interno como no internacional. Ou seja, por um lado as empresas registam perdas, por outro lado, não terão opções de se financiar para recuperação.

Por isso, CTA, em nome dos seus membros e da classe empresarial no geral, reitera o seu repúdio às manifestações e paralisação das actividades económicas e sócio-profissionais e insta todas as forças políticas e candidatos a considerarem outras formas de pressão e de reivindicação que não provoquem impactos tão negativos na vida da população.

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