No encontro que a CTA manteve com o Governo em busca de medidas para mitigar os impactos na economia da paralisação das actividades na sequência das manifestações, o sector privado aconselhou o Governo a pautar pelo caminho de diálogo.
Falando na Conferência de Imprensa conjunta (Governo e CTA), concedida no final do encontro, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, reiterou o apelo a não à greve, desencorajando qualquer comportamento conducente aos objectivos contrários ao desenvolvimento económico e social do país.
No encontro, o Sector Privado solicitou, ao Governo, um plano de contingências e garantias de segurança para as empresas poderem continuar a laborar.
Como solução à actual crise pós-eleitoral, o Sector Privado apelou, ao Governo, firmeza e serenidade, assim como a priorizar o diálogo, porquanto os efeitos das manifestações e paralisação das actividades são avassaladores para a economia, bem como para a imagem do país como destino turístico e para os investimentos.
Em termos de prejuízos resultantes da paralisação das actividades, o sector financeiro registou uma redução de 75% das suas transacções no mercado cambial, caindo duma média de 60 milhões de dólares para cerca de 14 milhões nos dois dias de paralisação (24 e 25 de Outubro).
No total, a CTA contabilizou 33 estabelecimentos comerciais vandalizados, provocando perdas estimadas em 3 mil milhões de meticais, e afectando 1200 trabalhadores directos.
Do lado do Governo, participaram no encontro os Ministros da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso, e dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, e do lado do sector privado participaram representantes dos sectores mais afectados, nomeadamente, indústria, turismo, comércio, transportes e logística.