CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE

CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE

CTA DEPOSITA PROPOSTA DE LEI DE PARTICIPAÇÃO PÚBLICA NO PROCESSO LEGISLATIVO EM MOÇAMBIQUE

CTA DEPOSITA PROPOSTA DE LEI DE PARTICIPAÇÃO PÚBLICA NO PROCESSO LEGISLATIVO EM MOÇAMBIQUE

A CTA depositou hoje, 3 de Agosto de 2017, ao Governo, através do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, a Proposta de Lei de Participação Pública no processo Legislativo em Moçambique, um processo que vem sendo levado a cabo em parceria com o MASC, IESE, Fórum Mulher, WWF, Centro Terra Viva, CIP, IMPROG e SEKELEKANI, com o apoio do SPEED +. 

Trata-se de um instrumento com o qual se pretende contribuir para a melhoria nos processos de consulta, assegurando um maior envolvimento e integração do público no processo das reformas legais em curso no ordenamento jurídico nacional.

O Presidente da CTA, Agostinho Vuma, referiu que, um dos maiores desafios do processo legislativo moçambicano é a consolidação e aprimoramento dos mecanismos de consulta e participação pública de forma a torná-los mais abrangentes, inclusivos e participativos para o fortalecimento de um quadro legal democrático que, no que toca à classe empresarial, concorra para um bom ambiente de negócios.

“Embora a Constituição da República de Moçambique, no seu artigo 73, preceitue que um dos pilares da democracia do Estado Moçambicano é a participação dos cidadãos na vida da Nação, sentimos que há um vazio legislativo que permita a materialização dessa magna instrução e que defina os processos de participação pública na criação, modificação ou revogação de leis e/ou seus regulamentos”, lamentou, para depois sublinhar que, a ausência desse instrumento ordinário normativo do processo de consultas, faz com que várias entidades públicas sigam métodos diferenciados, prazos que são dados não permitem a emissão de um parecer racional e, noutras vezes, quando tal parecer é depositado, somos surpreendidos com a aprovação, no mesmo dia, da aludida lei, numa clara evidência de que as contribuições recolhidas à sociedade não são considerados nas propostas finais.

“É nosso entendimento que a iniciativa de lei, no quadro do nosso processo legislativo, deve ser alargada a diversas classes sociais (que não apenas os políticos e os governantes) para permitir uma ampla participação pública no aprimoramento do nosso processo legislativo. Este entendimento fundamenta-se na percepção de que a descentralização e desconcentração são também princípios adoptados constitucionalmente, que visam promover uma maior aproximação dos serviços aos cidadãos e uma melhor participação destes na gestão pública”, salientou.

Para o Presidente da CTA, a ser aprovada, esta proposta irá certamente apoiar o Governo de Moçambique e o legislador a buscar retornos antecipados de prováveis impactos positivos e negativos e, consequentemente trazer o equilíbrio necessário nas decisões de políticas e legislação a serem tomadas.

Por outro lado, frisou Agostinho Vuma, “dará oportunidade ao público de se manifestar contra possíveis impactos. É nosso desejo que esta proposta venha contribuir para a promoção de maior transparência no processo legislativo moçambicano, promovendo boas práticas na legislação e gestão da coisa pública”.

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