A CTA recebeu, hoje, o Embaixador da Tailândia em Moçambique, Soradjak Puranasamriddhi, num encontro que serviu para o fortalecimento das relações comerciais entre os dois países, com aposta na internacionalização das empresas moçambicanas.
No que diz respeito às relações comerciais, entre Moçambique e Tailândia, assinala-se um crescimento exponencial das exportações moçambicanas, com o registo, em 2023, de 380,1 milhões de dólares norte-americanos do volume das exportações, e em 2022 cerca de 174 milhões de dólares, contra uma média de cerca de 20 milhões de dólares nos anos precedentes. Esta evolução, foi justificada pelo aumento da exportação de pedras preciosas e semi-preciosas.
Por seu turno, as importações atingiram cerca de 95 milhões de dólares em 2022 e 123 milhões de dólares em 2023. No rol das importações, destaca-se o arroz e automóveis para transporte de mercadorias e de passageiros.
Falando durante o encontro, o Presidente da CTA acredita que existe espaço e potencial para o incremento, ainda mais, deste volume das trocas comerciais entre Moçambique e Tailândia.
Agostinho Vuma destacou algumas oportunidades de negócios que Moçambique oferece, sobretudo nos sectores do agronegócio, aquacultura, indústria, turismo, energia e comércio. A CTA está disponível a dar todo o apoio necessário para a concretização dos investimentos.
Por exemplo, no sector do agronegócio, referiu-se à oportunidade na provisão de maquinaria para produção e processamento de arroz, bem como na transferência de know how visando o aumento da produção e produtividade.
Sendo a Tailândia um destino turístico de referência mundial, o Presidente da CTA convidou o empresariado tailandês a investir neste sector, porquanto Moçambique detém um enorme potencial. Por exemplo, o aproveitamento do potencial turístico da Baía de Maputo, com a criação de pacotes turísticos para os ferry boats ou introdução dos long tail boats.
Nos restantes sectores, a CTA defendeu a necessidade das empresas tailandesas que forem a investir no país, garantirem a adição de valor localmente, potenciando as comunidades locais de forma multiforme, nomeadamente, através da criação de postos de emprego e melhoria das condições de vida, a nível das diferentes comunidades onde os projectos de investimento forem implantados.
Igualmente, fez referência às reformas a nível do quadro regulatório, fruto da advocacia levada a cabo pela CTA junto do Governo, no contexto da implementação do Pacote de medidas de Aceleração Económica (PAE), que tornaram o país mais atractivo ao investimento externo, tendo destacado a provação da nova Lei de Investimento e respectivo Regulamento, da nova Lei do Trabalho, do Código Comercial, do Regime Jurídico dos Contratos Comerciais, das novas Normas Cambiais, entre outros instrumentos.