O agro-processamento é uma das potenciais áreas, identificada pela CTA para estabelecer parcerias com empresários indianos, que semana passada estiveram em Moçambique à procura de oportunidades de negócios e de investimentos.
Falando no Fórum de Negócios e Investimentos Moçambique – Índia, o Vice-presidente da CTA, Prakash Prehlad, disse que o interesse desta agremiação empresarial é mobilizar parcerias para investir na área do agro-processamento e na transmissão de conhecimentos.
“Como organização privilegiada no intercâmbio com o Governo, a CTA se predispõe a ser a porta de entrada dessas parcerias. Queremos inspirarmo-nos da experiência indiana, que antes era exportador de matérias-primas e transformou-se em exportador de produtos manufacturados”, destacou Prakash Prehlad, esclarecendo que, não se pretende inibir os interesses dos homens de negócios da Índia, podendo explorar outras áreas dado que Moçambique é um país de várias oportunidades.
O potencial energético que possui, particularmente o gás natural, é fonte de interesses por parte de influentes países e companhias que operam no sector energético ao nível mundial, incluindo a Índia devido ao défice energético que enfrenta. Neste contexto, o Vice-presidente da CTA convidou os empresários indianos a investirem também nesta área.
De 2005 a 2015, a Índia investiu cerca de 1,6 biliões de dólares norte-americanos em Moçambique, maioritariamente canalizado para o carvão e recursos minerais. Contudo, é intenção da CTA aumentar ainda mais o valor das nossas exportações agrícolas, através de investimentos no agro-processamento.
Para o Vice-ministro da indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, a Índia deve tirar proveito do potencial que Moçambique possui em diferentes áreas, sobretudo na agricultura.
“A Índia já actua em várias áreas, como recursos minerais, mas tem grande potencial para juntamente, empresas moçambicanas e indianas, desenvolverem uma área que possa substituir as importações”, referiu o governante, para quem a Índia leva vantagem em relação aos demais países porque este conhece muito bem Moçambique.
O Alto-comissário da Índia em Moçambique, Rudra Gaurav Shresth, disse que a delegação indiana, composta por 20 empresários do sector de engenharia, se deslocou à Moçambique com o interesse de estabelecer parcerias empresariais e estratégicas nos diversos sectores de engenharia e que esta seja uma oportunidade para alavancar as relações comerciais e económicas dos dois países para níveis cimeiros.