CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE

CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE

CTA PREOCUPADO COM OS PRAZOS APERTADOS ESTABELECIDOS PELO GOVERNO PARA EMITIR PARECERES SOBRE PROPOSTAS DE LEIS

CTA PREOCUPADO COM OS PRAZOS APERTADOS ESTABELECIDOS PELO GOVERNO PARA EMITIR PARECERES SOBRE PROPOSTAS DE LEIS

O Presidente da CTA, Agostinho Vuma, disse hoje que, o Sector Privado moçambicano nota, com preocupação, que, de forma recorrentemente, os prazos que são estabelecidos pelo Governo para a consulta e/ou comentários do Sector Privado à diversas propostas legislativas não permitem a emissão de um parecer ao nível da profundidade que se pretende.
Das propostas de leis, regulamentos entre outros instrumentos normativos recebidos pela CTA em 2017, cerca de 60% tinham prazos menos de 20 dias úteis; em 2018, das propostas recebidas, 68% tinham prazo de menos de 15 dias úteis.
Dando exemplos recentes, o Presidente da CTA, que falava hoje num Business Breakfast de reflexão sobre Regras de Legística dos Actos Normativos em Moçambique, apontou as propostas de leis de sistema nacional de qualidade; regime das associações; e ao arrendamento com prazo de, apenas, 10 dias úteis.
“Um documento deste precisa de chegar, convenientemente, aos interessados e isso precisa tempo”, anotou Agostinho Vuma, referindo que em 2015, sem consulta, foram incrementadas as taxas notariais, incrementando, assim, o custo de abertura de empresa. Resultado: “caímos 4 posições no ranking do Doing Business”.
Outra questão importante, apontada pelo Presidente da CTA, é que em algumas vezes, quando tal parecer é depositado, o Sector Privado é surpreendido com a aprovação do aludido instrumento legal sem nenhuma incorporação dos comentários dos parceiros sociais, numa clara evidência de que as contribuições recolhidas à sociedade não são consideradas nas propostas finais.
Com este cenário, segundo frisou, perde-se a oportunidade de se analisar os prováveis impactos positivos e negativos sobre o instrumento normativo em elaboração, o que penaliza a classe empresarial no que tange ao quadro legal para a melhoria do ambiente de negócios.
Igualmente, perde-se a oportunidade de construção de consensos. Ou seja, a fraca participação e incorporação das suas respectivas contribuições, reduz o sentido de pertença dos instrumentos aprovados, o que concorre para dificuldades de aplicação dos instrumentos normativos, o que de certa forma afecta o ambiente de fazer negócios no País.
Para fazer face a esse conjunto de situações e elevar a qualidade de participação na construção de instrumentos normativos, bem assim, reforçar a transparência no acto de legislar, a CTA, em parceria com outras organizações da sociedade civil, desenvolveram uma Proposta de Lei sobre Participação Pública no Processo Legislativo em Moçambique, a qual foi depositada junto das entidades competentes, no mês de Agosto de 2017.
PROCESSO DE REVISÃO DA LEI DO TRABALHO: UM EXEMPLO Á SEGUIR
O Presidente da CTA elogiou o processo de consulta em curso sobre a revisão da Lei do Trabalho, tendo classificado-o de inclusivo, e um exemplo a seguir.
“Obviamente, que temos expectativa de ver acolhidas as contribuições do sector privado ao longo deste processo de revisão deste instrumento tão crucial para o ambiente de negócios e investimentos”, referiu.

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