Durante a XIII edição do Economic Briefing, a CTA propôs um conjunto de medidas para fazer face a alta de preços e propiciar o aumento da produção e produtividade, por forma a habilitar o País de melhores condições para absorver aos choques externos.
Dentre as medidas, sobressai a manutenção da estabilidade da taxa de câmbio, facto que o Banco de Moçambique tem estado a fazer desde o ano passado; a necessidade de uma taxa de juro baixa que possibilite o acesso ao financiamento por parte do sector privado; a criação de mecanismos para impulsionar a produção interna, quer seja pela primazia das compras do Estado da produção nacional ou o alargamento das zonas económicas especiais, dentre outros factores que foram evidenciados durante a décima oitava Conferência Anual do Sector Privado –CASP; a revisão da carga tributária, no sentido de, por um lado reduzir o seu peso que se situa em 36,1%, e por outro eliminar o fenómeno da multiplicidade de taxas.
Sobre a necessidade de uma taxa de juro baixa que possibilite o acesso ao financiamento por parte do sector privado, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, manifestou, na sua intervenção, a preocupação do sector empresarial.
“Preocupa-nos a subida galopante que se observou no coeficiente de reservas obrigatórias que, nos dois trimestres do ano, subiu em mais de 28.5 pontos percentuais, facto que originou o aumento da prime rate em 90 pontos bases”, referiu Agostinho Vuma, destacando, também, a importância de manutenção do ritmo de reformas por forma a tornar o ambiente de negócio mais facilitado para o micro, pequeno e médio empresário assim como tornar o País mais atractivo para novos investimentos.