A CTA participou, hoje, no VIII Encontro Internacional de Tecnologias Ambientais, um evento virtual organizado pela Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais (APEMETA).
Para além da CTA, partilharam as suas experiências representantes da Câmara de Comércio do Norte de Cabo Verde, Centro de Promoção de Tecnologias Limpas de Cabo Verde, Associação de Defesa do Ambiente e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe, Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau.
A CTA, representada pelo Vice-Presidente Prakash Prehlad, abordou os mecanismos de cooperação e oportunidades de negócio em Moçambique. Destacou os desafios que o país enfrenta devido a sua vulnerabilidade aos fenómenos naturais, como ciclones e cheias, que nos últimos anos têm sido sistemáticos com impactos negativos na economia do país. Para o Vice-Presidente Prakash Prehlad, estes desafios podem ser transformados, pelo sector privado, em oportunidades de negócios.
No sector de infraestruturas, o país precisa de tecnologias que permitam que tenha capacidade de resiliência e adaptação aos efeitos ambientais. Por isso, o Governo aprovou, no ano passado, um Decreto que visa estimular a constução de escolas e unidades sanitárias resilientes, o que demanda tecnologias adequadas para atingir este objectivo. Esta oportunidade extende-se aos sectores de estradas e pontes.
No sector energético, o país conta com uma matriz bastante elevada, havendo necessidade da sua diversificação através de tecnologias adequadas. A produção de energia eléctrica a partir do gás é um dos campos por onde se pode explorar oportunidades de investimento, adoptando tecnologias cada vez mais amigas do ambiente.
No sector mineiro, o país conta com empresas que detêm licenças de exploração de cobalto, niquel, tantalite e ilmenite, num portfolio estimado em 25 biliões de dólares, que são uma oportunidade para investimentos ou parcerias que tragam tecnologia ambiental para o sector.
Na área agrícola, há uma enorme necessidade de se adoptar tecnologias que tragam um aumento da produção e produtividade.
Na área de investigação, há oportunidades de negócio na perspectiva de transferência de tecnologias e capacitação institucional, para que o país possa alinhar, de forma sustentável, nestes desafios globais, que têm a ver com o meio ambiente.
“Há aqui um vasto leque de potencialidades e oportunidades em todos os sectores de actividades, que, aliados às reformas legais em curso, nomeadamente, a aprovação recente da Lei de Investimentos Privados e, em breve, a revisão da Lei do Trabalho, favorecem o inestimento no país”, concluiu.