CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE

CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE

Empresários querem parcerias fortes

Empresários querem parcerias fortes

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Teve lugar, na última terça-feira, 7 de Fevereiro, o Fórum de Negócios entre Moçambique e Indonésia, onde os empresários dos dois países mostraram-se disponíveis a criar parcerias de negócios fortes em que ambas partes saem a ganhar. Durante o Fórum, os empresários procuraram formas de alavancar as relações empresariais nos sectores de transporte ferroviário, indústria de gás, indústria têxtil e turismo.

O Vice-presidente da CTA, Rogério Samo Gudo, realçou o facto de os empresários da Indonésia chegarem a Moçambique numa altura em que a economia procura dar um novo salto rumo ao rápido crescimento económico que sempre o caracterizou, factor gerador de muitas oportunidades de negócios, depois de ter enfrentado enormes desafios em 2016 resultantes da sua estrutura produtiva e sua ligação com as flutuações registadas nas grandes economias, afectando os preços das principais matérias-primas produzidas por Moçambique.
O Vice-presidente da CTA disse que Moçambique tem recursos naturais abundantes e ainda pouco explorados, sendo que a Hidroeléctrica de Cahora Bassa – com 2075 Mega Watts, é uma das maiores instalações hidroeléctricas em África.
Adicionalmente, Rogério Samo Gudo frisou que Moçambique tem grandes bacias sedimentares de gás natural, tendo destacado três grandes reservas de gás em terra (em Pande, Temane e Buzi), e a descoberta de reservas de gás e petróleo na bacia do Rovuma. 

A nível de infra-estruturas, referiu que existem grandes desafios que se tornam, automaticamente, em grandes oportunidades de investimentos, uma vez que muitos projectos estão em preparação nas áreas de ligações ferroviárias aos portos e na expansão das capacidades portuárias para permitir maiores exportações.

Projectos ferroviários
O Vice-presidente da CTA destacou a existência de três corredores principais na rede ferroviária de Moçambique, nomeadamente:
Nacala (CFM Norte) que conecta o corredor do desenvolvimento de Nacala e as ligações ao caminho de ferro central do leste africano (CEAR) de Malawi.
Beira (CFM Centro), o sistema ferroviário mais antigo de Moçambique. Ele conecta a cidade da Beira com Harare no Zimbabwe, e também conecta a Beira às minas de Moatize. Também tem o potencial para ligar à estrada de ferro de Malawi assim como a Zâmbia através da linha de Sena.
O terceiro corredor, é o de Maputo (CFM Sul), que liga Maputo à parte do nordeste da África do Sul. Ele também se conecta com o Zimbábwe e a Suazilândia através de filiais ferroviárias.
Transporte aéreo
Em termos do transporte aéreo, Rogério Samo Gudo disse que no País regista-se um forte crescimento nos últimos anos, incluindo alguns investimentos nos aeroportos. Em geral, além do Aeroporto Internacional de Maputo, os aeroportos atendem destinos turísticos ou económicos, como centros de mineração.
O aeroporto internacional de Nacala tem potencial para se tornar num hub da Zona Este e Oriental de África.

Agricultura
A agricultura é outro sector destacado pelo Vice-presidente da CTA, tendo referido que sempre foi uma prioridade para Moçambique. “As exportações agrícolas representam apenas 16% das exportações totais, um valor baixo se olharmos para o potencial do sector. Apesar do crescimento substancial da produção nos últimos anos, Moçambique continua a ser um importador líquido de produtos agrícolas”, referiu Samo Gudo, que em termos de oportunidades de investimentos nesta área, destacou:
Investir na gestão de recursos naturais;
Estabelecer fábrica de sementes, fertilizantes e pesticidas e tecnologias de produção modernas;
Estabelecer serviços de pesquisa, assistência técnica e serviços básicos de apoio à produção;
Estabelecer fábricas de processamento dos produtos agrícolas (milho, algodão, castanha de cajú, produtos florestais, citrinos, entre outros).

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