
O primeiro painel do primeiro dia da XVI CASP, que teve como orador principal o Manoj Marar, Director do Negocio do Óleo Alimentar na OLAM-Moçambique, discutiu os principais constrangimentos ao desenvolvimento do agronegócios em toda a cadeia de valor.
Apontou-se como solução dos constrangimentos levantados, a necessidade de mapeamento das cadeias de valor do agronegócio e de desenvolvimento de outros instrumentos alternativos e estabelecimento de políticas consensuais e promotoras da intervenção do sector privado.
Foram aflorados como factores críticos, a disponibilidade de insumos de qualidade bem como os custos de sua aquisição, infraestruturas para o acesso ao mercado, acesso ao financiamento, alterações climáticas, a falta de sementes com qualidade para resistir aos choques térmicos, entre outros que encarecem os custos de produção.
Os preços aplicados aos produtores são pouco incentivadores à produção, a título de exemplo, foi citado que o arroz produzido localmente é comprado ao produtor a um preço baixíssimo contrariamente ao preço de venda do arroz processado.
Foram apresentados alguns factores de sucesso que contribuíram para o desenvolvimento de cadeias de valor da soja, algodão, castanha de cajú que passaram de culturas de subsistência para culturas comerciais, contribuindo igualmente nas exportações.
Estes factores de sucesso passam pela legislação de apoio ao sector produtivo (incentivos fiscais), fomento de culturas, compra directa aos produtores familiares, investimentos na qualidade dos produtos finais.
Salientou-se ainda que estes factores de sucesso permitiram o aumento da produção, a melhoria dos preços, o aumento do processamento em Moçambique, uso de matéria-prima local na indústria, onde se ressalta o exemplo da cerveja produzida a partir da mandioca e do milho que veio dar às comunidades rurais um outro dinamismo e aumento de renda das populações e incentivo à emergência de empreendedores e PME´s nas zonas de fomento.
Como parte de solução dos constrangimentos identificados, foram apontada a necessidade de mapeamento das cadeias de valor do agronegócio e de desenvolvimento de outros instrumentos alternativos e estabelecimento de políticas consensuais e promotoras da intervenção do sector privado.