Teve lugar na última Quinta-feira, 29 de Março, o Fórum de Negocios e Investimentos Moçambique – Quénia, no âmbito da visita do Presidente do Quénia,, Uhuru Kenytta, a Moçambique. Os dois países manifestaram o interesse de eliminar o visto de entrada de modo a facilitar as ligações comerciais e as parcerias entre o empresariado moçambicano e queniano.
Moçambique e Quénia querem dinamismo nas relações empresariais entre os dois países e os sectores do agroprocessamento, turismo e recursos minerais, foram apontados como prioritários.
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, disse que o Governo está disposto a facilitar o comércio entre povos dos dois países. Salientou que, o Executivo moçambicano vai continuar a criar condições necessárias para incentivar os investimentos, concorrendo para um ambiente favorável de negócios e para a promoção da estabilidade do país.
O Presidente Queniano, Uhuru Kenytta, disse que Moçambique e Quénia tem que trabalhar na eliminação do visto de entrada para os dois países de modo a facilitar a circulação de pessoas e de bens, aumentando desse modo, os níveis de ligações comerciais e de parcerias empresariais entre os dois países.
Referiu que, Moçambique e Quénia tem vantagens comparativas, podendo se tirar proveito da experiência que cada país tem. Apontou o turismo como sendo um dos sectores que o Quénia tem potencial, podendo os empresários quenianos investir em Moçambique nesta área, o que vai trazer benefícios para ambos países. Disse que o milho produzido em Moçambique pode ter um grande mercado no Quénia. O sector dos recursos minerais, foi também apontado pelo Estadista quaniano, referindo que Moçambique está mais avançado e, nesse sentido, o seu país pode aproveitar a experiência moçambicana neste sector.
O Presidente da CTA, Agostinho Vuma, disse que é expectativa do sector privado que, com a visita a Moçambique do Presidente do Quénia, e dos empresários quenianos, se inicie uma nova página nas relações económicas e empresariais entre os dois países.
As trocas comercias entre Moçambique e Quénia situam-se abaixo de 10%, o que é insignificante comparativamente aos outros países. Neste contexto, a criação da Zona do Comércio Livre Continental deve ser assumida como uma oportunidade para o desenvolvimento das trocas comercias e investimentos nos dois países em prol do desenvolvimento económico.
O Presidente da CTA acredita que, com a Zona do Comércio Livre Continental, as transações entre Moçambique e Quénia poderão duplicar em um ano, no entanto, há que se ter em conta os desafios para melhorar as ligações entre os dois países, começando pelas infraestruturas e uma ligação área regular.
Outro desafio apontado pelo Presidente da CTA, é o estabelecimento de Acordos de Dupla Tributação, no espírito da orientação emanada pela União Africana, o que resultaria em vantagens mútuas para os dois países.
No que concerne ao Doing Business 2018, a CTA espera uma partilha mútua das acções e reformas introduzidas e que levaram o Quénia a figurar da lista das 10 economias que em 2017 mais melhoraram a nível global pelo segundo ano consecutivo, ocupando a posição 80 contra a posição 138 de Moçambique, num universo de 190 países, conforme mostram os dados publicados pelo Banco Mundial.
