CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE

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PMEs GASTAM CERCA DE 40% DO SEU TEMPO A COBRAR DIVIDAS

PMEs GASTAM CERCA DE 40% DO SEU TEMPO A COBRAR DIVIDAS


Um dos grandes constrangimentos com que as Pequenas e Médias Empresas nacionais se deparam é a falta de pagamento das suas facturas a tempo, um problema antigo que afecta o fluxo de caixa e reduz a capacidade de aumentar a rotação do produto e/ou vendas. Num levantamento de 100 PMEs, recentemente feito pela CTA, verificou -se que, estas PMEs gastavam cerca de 40% do seu tempo, médio em dias úteis, em busca de pagamentos. Estes pagamentos não são, apenas, devido a fornecimento de bens e serviços ao Estado, mas também às entidades privadas, exceptuando as organizações internacionais e/ou agências de cooperação. Para o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, que falava hoje no Economic Briefing sobre o Desempenho do Sector Financeiro e Perspectivas, a falta de pagamento/ pagamento tardio constitui um dos grandes desafios financeiros com os quais as PMEs tem que se lidar.
Agostinho Vuma referiu que , estes aspectos são sinais de que, apesar da recuperação que o País está a apresentar, os fundamentos da economia doméstica ainda estão fracos para sustentar o crescimento do sector produtivo tradicional, nomeadamente a agricultura e a indústria.
Redução de crédito ao sector privado
No geral, o crédito concedido às empresas continua a cair, mês a mês, embora o ritmo de queda no segundo trimestre de 2018 seja menor que o do primeiro trimestre.
No entanto, com o reforço continuado da confiança dos empresários, confirmado pelos dados do Instituto Nacional de Estatísticas, acompanhado pelo ritmo da queda da taxa de juros, pode levar a que no último trimestre do ano, o credito às empresas mude do seu comportamento, e passe a expandir-se.
O Presidente da CTA considera que as perspectivas de crescimento do sector financeiro podem ser, ainda, maiores, se conseguirmos aumentar a sua participação nas transacções dos grandes projectos. Para ele, este sector pode funcionar como factor de distribuição de riqueza no sector de hidrocarbonetos, através de captação de depósitos dos grandes projectos, e colocando crédito ao dispor do resto da economia, significando mais disponibilidade para financiar projectos em outros sectores, como agricultura.

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