O Presidente da CTA, Agostinho Vuma, exortou as empresas italianas que operam nos projectos de exploração de hidrocarbonetos na Bacia do Rovuma, a investirem mais no conteúdo local, por forma a assegurar mais benefícios para as comunidades onde os projectos estão inseridos.
Falando na abertura do Fórum sobre a transição energética e industrialização, organizado pela Câmara do Comércio Moçambique- Itália (CCMI), e que conta com a presença de empresas como a ENI Rovuma Basin e SAIPEN, presentes no processo em curso na Área 4 da Bacia do Rovuma, Agostinho Vuma reiterou que a adopcão de acções de conteúdo local, é principal via de garantir a participação dos nacionais nesses empreendimentos, que é uma das vias de trazer maior inclusão de toda a sociedade na partilha de benefícios.
“A nossa abordagem assenta na maximização da participação do empresariado nacional nos grandes projectos e na adição de valor, condição necessária para a industrialização e diversificação económica. Não estamos a propor um instrumento xenófobo, isto é, não queremos um instrumento que iniba o investimento. Defendemos apenas ser necessário assegurar benefícios para as comunidades onde os projectos estão inseridos, o emprego e aplicação de recursos locais” frisou.
Uma avaliação feita pela CTA, baseada no projecto de LNG Golfinho/Atum da Área 1 da Bacia do Rovuma, liderado pela TOTAL Energy, concluiu que o número de empresas moçambicanas que, antes da suspensão das actividades, prestavam serviços e forneciam bens diversos estava aquém de atingir os 2,5 mil milhões de USD que eram o volume de oportunidades apontado para as empresas locais.
O Presidente da CTA anunciou estar em curso a elaboração do Relatório do Conteúdo Local, tendo como objectivo medir a participação das PME’s nas oportunidades decorrentes dos projectos de exploração de recursos naturais.