O Presidente da CTA defende a necessidade de melhorar o tipo de embalagens usadas no país de modo a aumentar a competitividade dos produtos nacionais. Agostinho Vuma falava na última Quinta-feira no Fórum sobre Qualidade e Competitividade Agro-alimentar organizado pela Federação Nacional das Associações Agrárias de Moçambique (FENAGRI) e a Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP).
“É habitual termos um bom feijão produzido localmente em uma embalagem precária, algo que se generaliza aos outros produtos”, apontou, para depois ajuntar: “para apoiarmos a competitividade devemos ajudar os jovens agricultores a ultrapassar este constrangimento”.
Referiu que, a CTA elegeu a agricultura e o agronegócio como seu foco principal para o triénio 2017-2020 e Moçambique tem várias oportunidades por explorar, desde os recursos naturais e a abertura de mercados importantes.
A título de exemplo, apontou a China como num dos grandes mercados mundiais, onde os seus custos de produção estão a aumentar e Moçambique está a meio-caminho da China e da Europa, usando a via marítima.
Por outro lado, sublimhou Agostinho Vuma, a população de Moçambique é maioritariamente jovem, o que coloca o desafio de explorar este aspecto, para o que a AJAP pode jogar papel de relevo, como parceiro.
Legalização e formalização dos negócios
Um dos grandes desfaios sobre o qual se deve reflectir, é a legalização e formalização dos negócios. Neste aspecto, a CTA tem vindo a apoiar na legalização das associações e, muito recentemente, assinou um acordo com o Balcão de Atendimento Único (BAÚ) para a formalização de operadores.
Neste aspecto, convidou a AJAP para, em conjunto, trabalharem na formalização dos jovens agricultores moçambicanos.
A nível das reformas, referiu que a organização está a trabalhar com o Governo para assegurar um bom ambiente de negócios, tendo começado pelo quadro legal para a sanidade animal e vegetal que ultimamente tem sido uma grande ameaça aos investimentos no sector.
