“Queremos seguir o exemplo da Noruega que, para além de ser um dos maiores exportadores petrolíferos do mundo, também é um dos maiores exportadores de peixe”. Estas foram as palavras de fundo do Presidente da CTA, Rogério Manuel, durante a sua intervenção no Fórum Empresarial Noruega-Moçambique, realizado em Maputo, na última segunda-feira, dia 31 de Outubro.
Para Rogério Manuel, a despeito de Moçambique ter conseguido identificar, nos últimos dez anos, mais de 20 mil milhões de toneladas de carvão e mais de 200 biliões de pés cúbicos de gás, precisa-se do know how e experiência norueguesa para permitir que o país assegure que os ganhos gerados com a produção destes recursos, sejam canalizados para a diversificação da economia.
“Queremos seguir o exemplo da Noruega que, para além de ser um dos maiores exportadores petrolíferos do mundo, também é um dos maiores exportadores de peixe do mundo. E acreditamos que somos capazes de lá chegar, pois a posição estratégica de Moçambique não se resume aos recursos energéticos e a infra-estruturas de serviços, mas também à disponibilidade de recursos pesqueiros, terra arável própria para a prática de agricultura e pecuária comerciais”, elucidou o Presidente da CTA, realçando que, as Pequenas e Médias Empresas em Moçambique estão prontas para se estruturarem de modo a responderem os requisitos de procurement das grandes empresas, mais especificamente no que respeita às boas práticas. Com o apoio e experiência da Noruega, a CTA pretende servir de plataforma de facilitação das ligações empresariais no sector.
“É sabido que a economia moçambicana está a viver um momento menos bom, porém esta situação deve obrigar-nos a criar novas e maiores oportunidades de negócios, e a buscar constantemente soluções para manter as nossas empresas operacionais, garantir a nossa contribuição no nível de emprego e no fluxo de recursos financeiros para o erário público”, referiu Rogério Manuel.
O Fórum, que juntou cerca de 150 empresários moçambicanos e noruegueses, foi realizado no âmbito da visita, à Moçambique, do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Borge Brende, que se fazia acompanhar por 40 empresários noruegueses, maioritariamente dos sectores de petróleo, gás e indústria alimentar.