A CTA concedeu hoje uma Conferência de Imprensa para abordar sobre várias matérias de actualidade económica com impacto no ambiente de negócios no País. Na ocasião, defendeu a necessidade de proteger empresas nacionais de transporte de carga durante o processo de retirada de camiões no âmbito de transferência de parte da carga que é transportada pela EN4 para via ferroviária.
A empresa Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) decidiu transferir parte de carga que passa pela Estrada Nacional 4 (EN4), maioritariamente minério, para a via ferroviária, com vista a responder a demanda. Numa primeira fase, espera transferir cerca de 40% de carga que passa pela EN4 para via ferroviário, o que significa a retirada de cerca de 280 camiões que actualmente fazem transporte de minérios.
Actualmente, o Porto de Maputo recebe em média 500 camiões por dia, dos quais cerca de 96% são de empresas sul-africanas, sendo que até ao momento apenas uma empresa nacional de transporte de carga opera neste seguimento.
“A nossa proposta é que, havendo esta diminuição de cerca de 280 camiões, não devia afectar a parte moçambicana, tendo em conta que as empresas moçambicanas sempre foram preteridas neste tipo de contratos”, realçou Castigo Nhamane, para depois chamar atenção às empresas nacionais de transporte de carga a prepararem-se para tirar proveito das oportunidades de negócios que surgirão com a reabilitação do Porto de Durban (África do Sul). Durante o processo de reabilitação, o Potro de Durban vai reduzir a sua capacidade e muita carga será despachada através do Porto de Maputo.