Confederação das Associações Económicas de Moçambique

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PROJECTO CORAL NORTE FLNG: CTA PROPÕE MODELO DE GASEIFICAÇÃO PARA VIABILIZAÇÃO DE INICIATIVAS DE DOWNSTREAM

Na sequência da aprovação, pelo Governo de Moçambique, do Plano de Desenvolvimento do Projecto Coral Norte da Plataforma de Gás Flutuante Liquefeito (FLNG), a CTA propõe, ao Governo, a aprovação de medidas adicionais que corporizem um modelo de gaseificação de modo que, quando o gás for libertado, as iniciativas de downstream possam ser viabilizadas de imediato.

Falando em Conferência de Imprensa convocada para se pronunciar sobre os desenvolvimentos do Projecto Coral Norte FLNG, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, congratulou o projecto, porquanto, diferentemente da primeira fase, no Coral Norte, a alocação inicial do gás doméstico é de 10% e pode incrementar até 25%, o que viabilizará iniciativas industriais no País. No entanto, propôs, ao Governo, a aprovação de um modelo de gaseificação de modo que, quando o gás for libertado, as iniciativas de downstream possam ser viabilizadas.

“Ou seja, não se deve esperar até que o gás fique disponível, é necessário que medidas preparatórias sejam adoptadas agora. Uma forma prática, inclusiva e transparente para o efeito, em nossa opinião, seria a constituição de um grupo de trabalho composto pelas operadoras, Governo e sector privado para se desenharem os projectos específicos e identificar os mais competentes investidores”, frisou.

Decisão do Governo comprova necessidade de uma lei de conteúdo local

Para a CTA, o Projecto Coral Norte FLNG comporta melhores termos de desenvolvimento de Conteúdo Local visto que, pela primeira vez na história dos Projectos de Gás Natural em Moçambique, o Governo instrui, por Decreto de Conselho de Ministros, o envolvimento de certas empresas nacionais para sectores estratégicos do País, como os CFM e a Emodraga. Esta decisão do Governo comprova a necessidade de uma lei de conteúdo local, que assegure que os benefícios de todos os projectos sejam alargados para empresas privadas nacionais, aumentado a sua contribuição na economia nacional.

Sobre os postos de emprego para os moçambicanos que o projecto irá criar, mais uma vez, a CTA saudou o Governo e propôs que as especialidades dessas áreas fossem divulgadas, desde já, para que as empresas privadas de mão-de-obra e/ou agências de emprego, e agências de formação profissional possam alinhar a sua oferta consoante a procura futura que resultará das necessidades do Coral Norte.

Importa realçar que, em relação ao Empreendimento Coral Sul FLNG resultou na necessidade de lançar o nome de Moçambique no contexto global de produtos energéticos. Este investimento de 7.2 Mil Milhões de Dólares e, tendo em conta o contexto que o País vive, caracterizado por incertezas devido as recentes manifestações, poderá melhorar a confiança e imagem internacional junto de investidores.

“A médio e longos prazos, e como já demonstramos em ocasiões anteriores, as exportações incluindo os Grandes Projectos cobrem em cerca de 90% das necessidades de importações. Mas, infelizmente, essas receitas de exportações dos grandes projectos, maioritariamente, não fluem para o mercado devido ao tipo do contrato celebrado com Governo de Moçambique e os actores no mercado internacional. Torna-se evidente, aqui, que a negociação dos contratos volta a claudicar ao não canalizar benefícios diversos para economia de Moçambique, estando refém de divisas que são geradas por Grandes Projectos em Moçambique”, concluiu o Presidente da CTA.

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